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Aparelhos eletrônicos geram impactos diários em nossas vidas

O presidente da Datastore, Marcus Araujo, lista três experiências do cotidiano que nos deixam com a sensação de que "isso é muito Black Mirror"

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 15h53 - Publicado em 26 ago 2019, 18h48
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(Divulgação/Casa.com.br)

Isso é muito Black Mirror, meu! A famosa expressão, em uso cada vez maior entre os internautas e público da série da Netflix, reflete uma realidade muitas vezes assustadora: as infinitas possibilidades que a tecnologia vem propiciando e o poder que ela tem sobre nossas vidas.

Você provavelmente já teve a impressão de que, pelo simples fato de pensar em algo, logo em seguida uma propaganda ou uma promoção do produto apareceu para você em algum site na internet. Uma das explicações possíveis para isso são as informações coletadas nas pesquisas que são realizadas dentro das redes sociais e até mesmo nos comentários deixados pela web.

Tudo que é digitado ou pesquisado se torna dados e algoritmos que são utilizados para armazenar o grau de relevância dos assuntos que interessam o usuário. Enquanto você está pensando, os algoritmos já trabalharam toda uma de linha de raciocínio que seguem com base no seu histórico de busca.

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Mas não é de todo ruim – o impacto positivo de alguns avanços tecnológicos é indiscutível. Além dos sistemas inteligentes que facilitam nossas vidas, como Google, Instagram e WhatsApp, o desenvolvimento do mundo virtual repercute em nosso cotidiano de outras diversas formas.

Confira abaixo três desses impactos analisados por Marcus Araújo, presidente da Datastore, empresa especializada em dados e inteligência para o setor imobiliário.

Modo de Morar

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(Divulgação/Casa.com.br)

Por meio da aplicação de algoritmos, é possível desvendar uma série de pontos que ajudam as empresas do setor imobiliário a atender às necessidades de novas demandas. Isso acontece por meio do fornecimento de informações sobre os melhores locais para se construir empreendimentos, metragens e produtos adequados para unidades residenciais, equipamentos presentes na área comum e até mesmo a aplicação do melhor preço para a velocidade de vendas pretendida.

“Esse conhecimento é fundamental para ajudar as empresas do setor a obter o conjunto de ouro com o mais alto VGV possível, velocidade de vendas e rentabilidade”, explica Marcus.

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A tecnologia também trouxe mudanças no modo de morar. “A geração de compradores de 2020 pretende ter menos ou nenhum carro, quer trabalhar perto de casa, quer mudar a qualquer hora sem o mínimo de burocracia e, para isso, utiliza o transporte público ou meios alternativos como bicicleta, patinete e carros de aplicativos”, diz o presidente da Datastore. “Se trabalha em casa, utiliza o coworking do condomínio. Pede comida pelo aplicativo, utiliza a lavanderia coletiva do prédio, faz ginástica na academia de onde mora com personal trainer. A vida passou a girar em torno da sua casa”, completa.

Pesquisa diária

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(Divulgação/Casa.com.br)

Como hoje tudo se torna uma pesquisa, é possível ter uma previsão de como será o dia. Só com o celular é comum verificar o tempo, a situação do metrô, do trânsito, as promoções de almoço etc. “Tudo isso são pesquisas diárias que as pessoas fazem e que também fornecem dados sobre a região que ela mora, os locais que frequenta, onde e com o quê trabalha”, pontua Araújo. A partir de entrevistas de campo, a Datastore consegue desenvolver um perfil de consumidor de cada local e assim auxiliar empresas na criação de novos projetos imobiliários.

Comida tecnológica

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(Divulgação/Casa.com.br)

A função mais básica do ser humano – se alimentar – também foi alterada. Como os algoritmos estão em todos os lugares, o sistema agrícola, por exemplo, faz uso da tecnologia para a manutenção da vegetação e precisão da produção.

“Prevê-se que a geração alfa seja mais evoluída com uma conscientização maior de mundo e preservação do meio ambiente, em um equilíbrio perfeito entre tecnologia e bem-estar”, finaliza Marcus.

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