O Hangzhou Botanical Garden, localizado no leste da província chinesa de Zhejiang, recentemente recebeu 2000 espécies em seu banco de sementes. A iniciativa vem para promover a preservação da diversidade genética das plantas e garantir o futuro das próximas gerações.
Após serem limpas e colhidas, as sementes são levadas para uma biblioteca de recursos – o banco de sementes – na qual elas são postas, imediatamente, dentro de uma sala para secagem.
Depois de secas, as sementes permanecem seladas em jarras em uma temperatura de -20°C para hibernação.
O banco inclui espécies raras, como aquelas da única árvore Carpinus putoensis do mundo. Mais ambicioso que esta posse, porém, é o desejo do Hangzhou Botanical Garden de ser, futuramente, o maior recurso de sementes no leste da China.
Como a China, a Noruega também se preocupa com a preservação de sementes. Não à toa, foi ela o país que bancou, em parceria com a Organização das Nações Unidas, o Global Seed Vault – o “cofre do fim do mundo”.
Inaugurado em 2008, trata-se de um caixa-forte internacional de sementes, erigido na ilha norueguesa de Spitsbergen e enterrado no gelo ártico.
A iniciativa visava salvaguardar a agricultura global em caso de catástrofes, como guerras nucleares, quedas de asteróides e mudanças climáticas.
De 1000 m², o Global Seed Vault fica enterrado no permafrost (solo típico do Ártico) e tem capacidade para abrigar até 4,5 milhões de sementes.
E, como eu sei que você está se perguntando: sim, o Brasil contribui para o Global Seed Vault! Temos depositados 10.000 de nossos germens no cofre internacional.
Para que nunca precisemos retirá-las do banco e que as sementes sirvam apenas para fins de pesquisa, é essencial que cada um cumpra o seu papel com a sustentabilidade. Respeitando a natureza, os desastres não acontecem e tanto as sementes quanto o futuro de todos são preservados.