Tradicionalmente, a energia solar é captada através de placas solares posicionadas nos telhados e telhas de casas, para absorver a luz do sol de forma mais incisiva. Um projeto apresentado por cientistas europeus busca revolucionar a forma de aproveitar energia solar e montá-las como ilhas flutuantes.
Desenvolvido por cientistas da Suécia e da Noruega, as ilhas artificiais movidas a energia solar captariam CO2 presente na água do mar e o transformaria em energia. Para tornar isso possível, cada uma das ilhas, com 100 metros de diâmetro, seriam cobertas por painéis fotovoltaicos, que geram energia para alimentar navios laboratórios – responsáveis pela captação de CO2 e hidrogênio da água do mar. Após a captação dos elementos, eles seriam convertidos em Metanol, para gerar combustível usado no setor de transportes.
Os cientistas estimam uma produção de 15.300 toneladas de combustível por ano. Para compensar as emissões globais, que vem dos combustíveis fósseis, 3,2 milhões de ilhas seriam suficientes para mitigá-las.
Entretanto, ainda existem desafios que dificultam a implantação destas Ilhas Solares: os locais mais indicados para construí-las, como Brasil, Indonésia e o norte da Austrália, que tem muita radiação solar e poucas ondas, têm condições climáticas complicadas. Além disso, os custos para viabilizar o projeto também são altos.
Os cientistas reforçam a importância do projeto: mesmo que as fontes renováveis ainda não consigam poupar por completo o uso dos combustíveis fósseis, ajudam a reduzir a produção deles.