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Dicas de como melhorar a circulação dentro de casa

Os irmãos Camila e Renan Pinotti, à frente do escritório Fibra Arquitetura, mostram técnicas para deixar os espaços mais fluidos

Por Yeska Coelho
Atualizado em 29 fev 2024, 15h21 - Publicado em 2 mar 2023, 19h00

Apartamentos e casas com metragens reduzidas são cada vez mais comuns nos dias de hoje, e o desafio de criar um espaço harmonioso e com boa circulação é constante. Para não ficar no “aperto”, os arquitetos Camila e Renan Pinotti, do escritório Fibra Arquitetura, separaram algumas dicas espertas.

Sala de estar com tv e com pufe azul
Projeto de Co+Lab Juntos Arquitetura. (Luiza Schreier/Casa.com.br)

Segundo os especialistas, na arquitetura de interiores é importante fazer o planejamento dos móveis, dos acabamentos, espaços e até dos itens que vão compor a decoração. Esse detalhamento deve ser orientado por padrões e medidas, que são os pontos focais para determinar uma melhor circulação. “Não adianta adquirir um modelo determinado de sofá se no final das contas ele travar o espaço da sala”, diz Camila.

A seguir, confira quatro dicas para otimizar espaços na sua casa ou apartamento:

1. Tenha em mãos às medidas exatas

Apê de 85 m² para jovem casal tem décor jovem, despojada e cozy. Projeto de Brise Arquitetura.
Projeto de Brise Arquitetura. (Juliano Colodeti, do MCA Estudio/Casa.com.br)
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Pensar em uma boa circulação do ambiente não é uma questão só de conforto, como também de segurança para os moradores e visitantes.

Cada cômodo irá contar com uma distribuição de móveis diferentes e também uma necessidade maior ou menor de circulação. Por essa razão, é importante ter as medidas exatas de cada um dos espaços para calcular a disposição com folga.

A sala de estar é o verdadeiro cartão de visitas para receber os convidados e a prioridade é criar uma atmosfera tranquila para não passar perrengue na recepção. Visando garantir comodidade, os arquitetos sugerem pensar o layout do espaço no combo sofá + poltronas + mesinhas laterais com uma distância de 40 cm, e, para quem está sentado no sofá, a orientação é de 70 cm até a mesa de centro.

Cozinha; cozinha preta e branca; parede rosa; bancada; cooktop
Projeto de João Panaggio. (Denilson Machado, MCA Estúdio/Casa.com.br)
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Ainda de acordo com os especialistas, as cozinhas devem ter uma circulação mínima de 90 cm para garantir que duas pessoas sejam capazes de transitar no ambiente ao mesmo tempo sem dificuldade. Assim, “enquanto um morador está lavando uma louça na pia, o outro pode passar para pegar um item no armário”, exemplifica Camila Pinotti.

Vale ressaltar que na contagem do espaço é importante também incluir o vão para abertura do forno, da geladeira e dos armários.

Corredor com estante de livros
Projeto de Korman Arquitetos. (Guilherme Morelli/Casa.com.br)

Se a sua casa ou apartamento conta com um corredor, a medida sugerida é de 80 cm para uma boa fluidez. Mas, se um dos moradores apresentar mobilidade reduzida, o recomendado é a partir de 90 cm.

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O quarto, quando não planejado os espaço, pode oferecer riscos e desconforto aos moradores. É comum que na elaboração do ambiente a abertura das portas dos armários e gavetas sejam esquecidos. Uma distância mínima de 60 cm entre cama e guarda-roupa é recomendada para que esse tipo de problema não aconteça e de quebra garante maior aconchego.

2. Criar uma relação harmoniosa entre largura e altura

Sala de estar integrada com jantar; sala de estar clara; sala de estar neutra; mesa de jantar; estante branca com nichos
Projeto de Alice Costa. (Nadia Bach/Casa.com.br)

Manter o ambiente com um espaço que garanta conforto é o segredo para uma boa proporção. Para o arquiteto Renan, “locais amplos, tendem a registrar a proporção de 2/1. Ou seja, uma sala pode ter 6 m de largura e 3 m de pé direito”.

De maneira prática, podemos pensar que se uma sala apresenta 2,7 m de largura com um pé direito de 2,5, o ambiente será visualmente agradável. Em cômodos menores — como banheiros e corredores — uma proporção de 0,8 m de largura com 2,4 m de altura é o limite para se alcançar essa harmonia.

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3. Planeje antes de comprar

O erro mais comum no design de interiores é comprar móveis sem antes conferir se eles, de fato, caberão nos espaços pretendidos. “Na execução de um projeto, levamos em conta as passagens de cada ambiente, os principais equipamentos e mobiliários, além de ouvirmos as ideias dos moradores a fim de alinhar as expectativas”, reforça Camila sobre a importância de contar com um profissional para ajudar na tarefa.

4. Invista nos planejados

Apartamento integrado marcenaria Karen Pisacane escritorio estante mesa cadeira
Projeto de Karen Pisacane. (Kadu Lopes/Casa.com.br)

Fazer uma escolha certeira do mobiliário irá ajudar na sua estratégia de aumentar a circulação. Principalmente se tratando de apartamentos ou casas pequenas, fazer uso de móveis planejados com dupla funcionalidade, ou mesmo, que contenham soluções de otimização de espaço é uma boa pedida.

Para os arquitetos Camila e Renan, em imóveis pequenos com 40 m² é fundamental considerar esse tipo de solução tanto para melhorar a fluidez no ambiente como também na organização do espaço.

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