Energia solar na cidade de São Paulo: é viável?
Especialistas discutem os efeitos que a adoção desse tipo de energia provocariam na cidade
Os números impressionam. Cerca de 80% da conta de luz paga hoje pela população média em São Paulo corresponde a gastos com aquecimento de água. Se metade da cidade passasse a utilizar coletores de energia solar como alternativa, teríamos uma economia de cerca de R$ 8 bilhões, além da redução de mais de 300 mil toneladas de gás carbônico por ano na atmosfera – seriam necessários 435 milhões de metros quadrados de floresta para se ter o mesmo efeito. Além disso, seriam gerados, pelo menos, 30 mil novos empregos.
Por que, então, a energia solar não é implantada em toda a cidade? O maior impedimento é o custo do investimento inicial, que gira em torno de R$ 2 a 4 mil para uma casa de família média. Uma saída pode ser a construção do ASBC (Aquecedor Solar de Baixo Custo), implantado no Espaço Alana, que custa em torno de R$ 350 e dá conta de uma casa com até seis pessoas, mas ainda foi pouco difundida. Essas e outras alternativas são discutidas nos vídeos abaixo. Acompanhe as opiniões e considerações do coordenador do Cidades Solares Carlos Faria, do ilustrador Maurício Negro, do vereador de São Paulo pelo PTB e autor da Lei 317/01 (que obriga o uso da energia solar pela iniciativa privada em São Paulo) Paulo Frange e do coordenador do Espaço Alana Raimundo Nonato.