Parte de uma geração de jovens arquitetos que aflorou nas universidades americanas no final de 1940, Harry Seidler (1923-2006) teve como mestres os principais modernistas dos anos 20: Walter Gropius (1883-1969), criador da escola Bauhaus, e Marcel Breuer (1902-1981), de quem se tornou muito próximo. Saiu de Harvard tomado pela filosofia de uma nova arquitetura, interligada às artes plásticas, à engenharia e ao design industrial. Chegou a trabalhar com Breuer no escritório dele, em Nova York, por dois anos. Mais tarde, conheceu o artista Josef Albers (1888-1976), cuja obra, baseada em construções geométricas modulares, o influenciou muito. “Em quase todos os projetos de Seidler, é possível reconhecer muitas fontes, especialmente de arquitetos como Breuer e Oscar Niemeyer, além de artistas como Albers, Norman Carlberg, Charles Perry e Frank Stella”, diz Vladimir Belogolovsky, curador da mostra Harry Seidler: Arquitetura, Arte e Design Colaborativo e autor de um livro sobre o austríaco, que será lançado em abril. “São obras depositárias de muitas ideias, e é profundamente estimulante examiná-las”, afirma. Selecionamos exemplos emblemáticos do portfólio desse polêmico profissional. “Ele foi amado por uns e odiado por outros”, observa o arquiteto Wilson Barbosa Neto, cocurador da exposição, em cartaz até 6 de abril.
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