Continua após publicidade

Casa montada em um contêiner: pequena, mas bem organizada

Por falta de espaço e de terreno, a solução para ter uma casa foi montá-la dentro de um contêiner de 14,40 m². Parece pouco, mas coube quarto, banheiro, cozinha...

Por Texto Natália Rangel | Fotos Ucha Aratangy | Reportagem Visual Maísa Donnini | Ilustrações Fabio Flaks
Atualizado em 14 dez 2016, 11h23 - Publicado em 20 dez 2012, 17h11

*Matéria publicada em Minha Casa #33 – Janeiro de 2013

casa-conteiner-pequena-organizada

Com a ampliação do bar que comanda ao lado de um dos irmãos, Ademar percebeu que os 65 m² disponíveis no fundo do lote não comportariam uma casa das mais espaçosas. Fora os altos orçamentos para construir com alvenaria. Em 2010, ao ler sobre casas-contêineres holandesas, o empresário acreditou que aquela poderia ser uma boa opção para seu caso. Um ano depois, contando com a mão de obra de amigos e, principalmente, com a supervisão técnica do arquiteto (e outro irmão) Alexandre Hernandez, a caixa metálica de 14,40 m² conquistou quarto, sala e banheiro – a cozinha do moço é a do próprio bar. A conta fechou em pouco mais de R$ 12 mil. “Se eu quiser me mudar, é só desligar as instalações e carregar a casa comigo”, conta.

projeto-casa-conteiner-pequena-organizada

Do lado de dentro, nem se percebe a estrutura metálica

O contêiner (6 x 2,40 x 2,40 m*), que antes transportava roupas, foi comprado de uma recuperadora de Cubatão, SP, por R$ 4 500. “As melhores ofertas estão nas regiões portuárias”, afirma Alexandre. Segundo o arquiteto, as arestas e as travessas da base não devem estar comprometidas por amassamentos ou corrosão. “Já a chapa de vedação geralmente pode ser corrigida”, explica. A empresa (que deixou de atuar) se responsabilizou pelo frete até o endereço em Barão Geraldo, onde a peça de 2 toneladas recebeu tratamento anticorrosão.

A regularização da obra – enquadrada como uma edificação com estrutura metálica – não exigiu aprovação especial da prefeitura.

Dentro da caixa, uma parede e o teto foram cobertos de perobarosa, madeira vinda de uma casa demolida na região. “Além de tornar o ambiente aconchegante, o revestimento melhorou os ecos provocados pelo metal”, esclarece o morador, que adquiriu o lote do material por R$ 600.

Continua após a publicidade

Já o piso exibe um porcelanato claro, que suaviza o visual e “faz o ambiente parecer maior”, justifica Alexandre.

Na área de dormir, uma cama de viúva (18 cm mais estreita que uma de casal) poupa valiosos centímetros ao ser disposta no canto. Ali, foi instalado um ar-condicionado split – o aparelho só exige furos para os dutos de gás.

*Matéria publicada em Minha Casa #33 – Janeiro de 2013

 

Continua após a publicidade

 

Publicidade
Publicidade