Desde que se conheceram, a arquiteta Eliana Castellari e o marido curtem viajar por cidades onde ainda se vê e se cultiva o legado colonial em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Há cerca de dez anos, voltando do Carnaval em Paraty, RJ, souberam de um sítio à venda. “Depois de passar por ali, decidimos construir nosso refúgio de fm de semana”, recorda ela, que vive em São José dos Campos, interior paulista.
Como surgiu este sítio
“Chegamos a ocupar por um tempo uma casa muito simples que havia no terreno. Mas a ideia era erguer um espaço com a nossa cara na porção mais alta do lote.” A arquiteta conta, porém, que se desconcertou quando o marido expressou a vontade de reproduzir o feitio dos tradicionais casarões paratienses. “Eu imaginava um projeto contemporâneo”, admite. “Quando encontrei o construtor e fui conversar com os trabalhadores locais, sobretudo os restauradores, entendi que meu desafo seria aproveitar a experiência única desses profssionais, que fazem um trabalho quase artístico, do frontão de pedra aos gradis de ferro recuperados. Me debrucei a estudar o desenho colonial de engenho e estou muito feliz com minha casa típica”, fala.