Um imóvel é um reflexo das tantas fases de nossas vidas. Desde o início da jornada de fase adulta, desenvolvemos um estilo próprio, gerenciamos as primeiras escolhas e as mudanças a partir das necessidades do dia a dia. Na terceira idade, o modus operandi não poderia ser diferente: a morada precisa contemplar o bem-estar e a segurança adaptados às novas demandas que o ciclo requer.
Na área social do projeto, a arquiteta Mari Milani promoveu a instalação de spots na direção da bancada marmorizada, beneficiando tanto a cozinha, como a unidade entre as salas de jantar e estar, que acompanham a paleta de cores claras. “Uma iluminação bem distribuída é crucial para a comodidade de todos, principalmente de pessoas acima dos 60 anos”, enfatiza. A área de serviço foi preservada com a instalação de uma porta de vidro de correr. (Rafael Gap/Casa.com.br)
Foi pautada nessa reflexão que a arquiteta Mari Milani realizou o projeto de arquitetura de interiores de sua cliente, uma senhora de 65 anos. Com o desejo de mudar para um imóvel menor, ela, que mora sozinha, decidiu partir para uma nova configuração: um pequeno apartamento com 53m².
Com a integração da cozinha, ela realiza sua contribuição para a comodidade da moradora. Com uma disposição muito bem pensada da marcenaria e dos eletrodomésticos, a ilha em mármore incluída pela arquiteta Mari Milani propicia mais um espaço para as atividades gastronômicas. (Rafael Gap/Casa.com.br)
“É bastante comum que pessoas nessa faixa etária, depois de viverem por muito tempo em grandes residências, queiram habitar imóveis compactos depois que os filhos se casam”, ressalta a profissional.
Em busca da facilidade e um volume menor de tarefas para a manutenção do novo lar, sua cliente pediu um layout otimizado, aconchegante e com um quartinho para sua neta.
O cuidado com a terceira idade
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Com uma planta enxuta, o primeiro passo foi melhorar a circulação entre a sala e a cozinha por meio da integração dos ambientes. “Para isso, realizamos a demolição de apenas uma parede, que nos entregou essa fluidez”, explana.
“Um atributo que sempre prestamos atenção em projetos para moradores idosos diz respeito à largura das portas e passagens”, diz Mari Milani. Ela explica que esse requisito é fundamental para assegurar a mobilidade e a locomoção das pessoas com essa faixa etária.
Com a cozinha em estilo americano, a arquiteta Mari Milani preocupou-se com uma circulação bem pensada para a locomoção da moradora entre os ambientes da área social. (Rafael Gap/Casa.com.br)
Ainda de acordo com a profissional, essas adaptações, em nada, descaracterizam o estilo escolhido para o design de interiores. Durante o planejamento do projeto, Mari Milani ressalta a importância de conhecer as preferências do morador para prestigiar suas atividades preferidas. “Pode ser desde o prazer de assistir TV, o hábito da leitura, costura, artes manuais ou a culinária”, destaca.
Com primeiro acesso à cozinha, no corredor de entrada a arquiteta Mari Milani considerou uma espécie de suporte para apoiar os quadros – uma das paixões da moradora. Além do modo despojado, a solução simplifica seu acesso para a limpeza das peças, sem a necessidade de usar escadas, por exemplo. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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Na equação realizada pela arquiteta, a distribuição coesa do mobiliário foi muito bem determinada para ampliar as potencialidades do apartamento e não se tornar um impedimento na vida cotidiana de sua cliente. Além de avaliar a distribuição do layout em função da área enxuta, a ausência de uma varanda reforçou a exigência por um excelente aproveitamento dos 53m².
Na sala aconchegante, a arquiteta Mari Milani investiu em uma mesa de centro em formato circular, um espelho que acompanha a parte superior da parede que acompanha o sofá e a persiana que coopera para o controle da incidência solar no ambiente. Com essa disposição, o projeto oferece uma movimentação confortável para a moradora, sem o risco de se machucar. (Rafael Gap/Casa.com.br)
Na escolha dos móveis para a sala de estar, Mari privilegiou a inclusão de formatos apropriados para a fisiologia dos idosos: na mesa de centro, o formato redondo elimina o risco de machucados nas pernas que acontecem em modelos com quinas pontiagudas.
“No que diz respeito ao sofá, além de uma densidade mais firme do assento, é importante que o morador possa apoiar os pés no chão e não corra o risco de tropeçar no tapete. Por isso, sempre prolongo uma parte para ser encaixada embaixo da peça para não haver quedas em função das pontas que podem se enrolar nos pés”, orienta.
Na sala de jantar, a realização do banco alemão foi uma estratégia inserida pela arquiteta Mari Milani para ampliar o número de assentos em ocasiões especiais realizadas pela moradora. “O fato de ser um apto compacto não implica no desconforto ou no infortúnio de não poder receber seus convidados”, ressalta. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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Como um contraponto para minimizar a percepção de espaços pequenos, o projeto de interiores incorporou uma paleta neutra composta por tons de cinza, amadeirado e toques de rosa em pontos específicos. “Sem dúvidas, a ambientação ficou super gostosa e a parede com a estética do cimento queimado agregou um contraponto leve e interessante”, avalia Mari.
Acompanhando a unidade em todo o projeto, o efeito ripado marcou presença tanto no painel da TV, que se une à cozinha, como também no móvel do banheiro. O mesmo pensamento se reflete na aplicação do mármore, que é encontrado em ambos os ambientes.
Quarto com espaço vertical otimizado
O projeto luminotécnico também foi personalizado: na altura da cabeceira, a arquiteta Mari Milani incluiu uma extensa fita de LED embutida que, além da ambiência reservada, contribui para a comodidade da moradora nos momentos que precisa levantar durante à noite. (Rafael Gap/Casa.com.br)
Para o quarto, a arquiteta definiu a verticalidade como o sistema que permitiu, por meio da marcenaria inteligente, dispor armários que ocuparam as paredes até o teto. Seguindo a cabeceira estofada, o ‘L’ incluído abriu espaços adicionais para acomodar itens menos acessados pela moradora.
Um quartinho especial
Com uma delicadeza romântica, o quartinho ganhou um papel de parede geométrico e um amplo armário com porta de espelho. Ademais, o décor eleito pela arquiteta Mari Milani destacou o rosa claro como ponto de luz, que brinca com a base neutra proporcionada pelo branco. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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Um segundo dormitório foi planejado para uma visita frequente: a netinha da moradora. Assim, o décor compreende sofá-cama, armários e ares delicados para que sua hóspede preferida possa ser sempre bem recebida. Assim como no quarto principal, a estrutura vertical da marcenaria entregou a expectativa desejada: um incrível aproveitamento para a oferta de espaços.
Confira todas as fotos na galeria abaixo:
1/25 No banheiro realizado pela arquiteta Mari Milani, a cuba de apoio facilita as atividades da moradora. Em seu formato retangular, a grade é um elemento estético e eficiente, uma vez que recebe o sabonete e preserva o seu amolecimento por conta do contato com a água. (Rafael Gap/Casa.com.br)
2/25 O projeto luminotécnico também foi personalizado: na altura da cabeceira, a arquiteta Mari Milani incluiu uma extensa fita de LED embutida que, além da ambiência reservada, contribui para a comodidade da moradora nos momentos que precisa levantar durante à noite. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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10/25 Com uma delicadeza romântica, o quartinho ganhou um papel de parede geométrico e um amplo armário com porta de espelho. Ademais, o décor eleito pela arquiteta Mari Milani destacou o rosa claro como ponto de luz, que brinca com a base neutra proporcionada pelo branco. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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16/25 Na sala de jantar, a realização do banco alemão foi uma estratégia inserida pela arquiteta Mari Milani para ampliar o número de assentos em ocasiões especiais realizadas pela moradora. “O fato de ser um apto compacto não implica no desconforto ou no infortúnio de não poder receber seus convidados”, ressalta. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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18/25 Com primeiro acesso à cozinha, no corredor de entrada a arquiteta Mari Milani considerou uma espécie de suporte para apoiar os quadros – uma das paixões da moradora. Além do modo despojado, a solução simplifica seu acesso para a limpeza das peças, sem a necessidade de usar escadas, por exemplo. (Rafael Gap/Casa.com.br)
19/25 Na área social do projeto, a arquiteta Mari Milani promoveu a instalação de spots na direção da bancada marmorizada, beneficiando tanto a cozinha, como a unidade entre as salas de jantar e estar, que acompanham a paleta de cores claras. “Uma iluminação bem distribuída é crucial para a comodidade de todos, principalmente de pessoas acima dos 60 anos”, enfatiza. A área de serviço foi preservada com a instalação de uma porta de vidro de correr. (Rafael Gap/Casa.com.br)
20/25 Com a integração da cozinha, ela realiza sua contribuição para a comodidade da moradora. Com uma disposição muito bem pensada da marcenaria e dos eletrodomésticos, a ilha em mármore incluída pela arquiteta Mari Milani propicia mais um espaço para as atividades gastronômicas. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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23/25 Na sala aconchegante, a arquiteta Mari Milani investiu em uma mesa de centro em formato circular, um espelho que acompanha a parte superior da parede que acompanha o sofá e a persiana que coopera para o controle da incidência solar no ambiente. Com essa disposição, o projeto oferece uma movimentação confortável para a moradora, sem o risco de se machucar. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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25/25 Com a cozinha em estilo americano, a arquiteta Mari Milani preocupou-se com uma circulação bem pensada para a locomoção da moradora entre os ambientes da área social. (Rafael Gap/Casa.com.br)
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