Apartamento de 32 m² tem áreas integradas e móveis planejados
Movéis dobráveis e versáteis integram a planta alongada do apartamento, a fim de otimizar o espaço
Apartamentos pequenos já são uma tendência mundial (isso não é novidade nenhuma). A otimização do espaço é uma demanda dos jovens que passam cada vez menos tempo dentro de casa, não têm urgência em formar uma família e possuem a rotina corrida no dia a dia. É o caso do cirurgião Guilherme Dantas, que achou um apartamento de 32 m² em Brasília para ser seu novo lar.
A reforma e a decoração do projeto foi idealizada pelo morador e pelos arquitetos do Estúdio Mova antes mesmo da construtora entregar o apartamento. O tempo de espera para começar a nova vida em um lar, que é a cara do cirurgião, foi menor com todo o planejamento.
Tirando o atraso da construtora, tudo ocorreu conforme o planejado – os armários feitos sob medida, por exemplo, já estavam esperando para serem instalados. “Sinto muito prazer em chegar em casa e ver tudo como imaginei”, relata Guilherme.
Praticidade de móveis dobráveis
William Veras e Heloisa Moura, sócios do Estúdio Mova, que hoje inclui também Alessandra Leite, desenharam uma mesa extensível que, ao ser aberta, recebe dois pés de ferro. A peça dá continuidade ao rack, que comporta os aparelhos eletrônicos.
Um par de cadeiras dobráveis ocupa uma das paredes, aguardando para ser usado, enquanto as outras já ficam dispostas no espaço.
A área social não tem janelas em sua extensão e, para suprir a demanda de iluminação, um bom projeto luminotécnico precisou ser feito. Assim, a fita de LED – ocultada pelo forro de gesso – produz a luz contínua que rebate nos azulejos claros e dá um efeito difuso, além de ser complementada por dicroicas de LED, em spots embutidos, e também pelas lâmpadas de filamento pendentes.
Planta alongada
Na planta original, o balcão da cozinha foi derrubado para integrar o ambiente com a sala. O espaço em frente ao banheiro foi transformado em um closet e também na transição entre ala íntima e social. A janela do apartamento fica no quarto, que têm um home office.
Espaço de 7,60 m² comporta quarto e área de trabalho
Guilherme precisava de um espaço para trabalhar dentro de casa, e fez a demanda de uma bancada de trabalho para os arquitetos. Foi na lateral da cama, com integração ao painel e à mesa de cabeceira que Heloisa e William encontraram este espaço.
A sapateira também ocupa o quarto e foi posicionada aos pés da cama. “Se ocupássemos esse espaço com armário alto e mais profundo que a sapateira, o quarto provocaria claustrofobia”, diz o arquiteto.
O mobiliário preto, que agrada Guilherme, impera na área íntima, mas sem que ela pareça ainda menor. O segredo? William entrega: “O closet escuro é um túnel que muda a percepção da luz de quem vai da sala, sem luz natural, para o quarto, super claro”.