Está todo mundo careca de saber que os espaços mais compactos são o futuro da geração. Se isso é bom ou não, a certeza que temos é que as boas soluções arquitetônicas ajudam e salvam muitos projetos diminutos.
É o caso deste microapartamento de 27 m², projetado por Bianca da Hora, em Piedade no Rio de Janeiro. “Para adaptar o estilo de vida às poucas metragens disponíveis, é importante adotar soluções inteligentes e escolher o mobiliário de forma certeira para tornar a casa um local agradável, acolhedor, prático e organizado”, explica Bianca.
Neste apê, a arquiteta apostou em um layout integrado, demolindo paredes para ampliar os espaços e favorecendo a entrada de luz natural nos cômodos. Bazinga! Está aí uma das mais importantes soluções para se empregar em um espaço pequeno.
Com esta medida, o living passou a exercer as funções de sala de jantar, estar e TV, com móveis compactos e neutros. O mobiliário planejado otimiza os espaços de armazenamento, além da escolha de materiais que facilitam a limpeza. Uma divisória de serralheria, com vidro canelado, separa a área de serviço sem bloquear a entrada da luz natural.
“O espelho também é usado para conferir a ideia de amplitude, cobrindo toda a parede atrás do sofá”, conta a arquiteta. Ela também adotou um banco, encostado na parede, para compor a mesa de jantar, recurso que otimiza a circulação da área.
A cozinha, em formato de corredor, mantém a paleta de cores de cinza, preto, branco e madeira, sendo parcialmente aberta para sala.
No quarto, a marcenaria inteligente mais uma vez é coringa: a arquiteta brinca com a profundidade da cabeceira da cama, recuada, com armários aéreos sobre ela, criando um nicho iluminado em madeira. Já o banheiro ganhou revestimento na cor cinza, aplicado nas paredes e piso, com meia divisória em vidro delimitando a área molhada. Metais e acessórios na cor preta conferem um clima moderno ao pequeno cômodo.
“O ponto alto desse apartamento é a divisão e aproveitamento dos espaços: prova que é possível morar com conforto e qualidade de vida em metragens reduzidas e ainda adotar elementos que atendam ao desejo do morador por um lar moderno, atemporal e funcional. É a nova forma de morar nos dias de hoje”, conclui a arquiteta.