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Apê de 52 m² parece maior depois da reforma

No redesenho da planta, destaque para a caixa envidraçada que delimita a suíte-escritório. De resto, é tudo aberto. Projeto de Dely Bentes

Por Por Simone Raitzik
Atualizado em 9 set 2021, 14h13 - Publicado em 28 set 2015, 22h00
Privacidade e luz
O L translúcido demarca a suíte. Num dos lados, três painéis móveis de 10 mm de espessura e 0,87 x 2,65 m cada um (Vidraçaria Maracanã) fazem a ligação com o estar. O piso leva porcelanato de 1,20 x 1,20 m (Portobello, linha Gigacer Concrete, ref. concrete smoke). Já a parede exibe textura Terracor Eco (cor 123), que também alude ao visual do cimento  (André Nazareth/)
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Morador deste imóvel compacto num valorizado trecho de Ipanema, o oftalmologista Cláudio Freitas tinha consciência de que, cedo ou tarde, enfrentaria uma obra para ampliar, iluminar e integrar os 52 m2. “Adoro a localização, mas achava o interior escuro e apertado. Ainda mais para o meu estilo de vida, já que gosto de receber visitas”, diz ele. A decisão definitiva de quebrar tudo veio no ano passado, quando, finalmente, cansou de conviver com a planta antiquada e pouco adaptada à sua rotina. A arquiteta Dely Bentes entrou em cena para dar um parecer sobre as possíveis mudanças. E foi categórica: como a principal fonte de luz vinha de dois janelões no lado oposto à entrada, um na sala e outro no quarto, o jeito era pôr todas as divisórias abaixo a fim de franquear a passagem da claridade e usar materiais leves e transparentes para definir os (poucos) ambientes. “Sem dúvida, essa era a melhor solução. Tomei coragem e me organizei em todos os sentidos, porque, além do investimento, precisei me mudar para outro lugar durante os cinco meses da obra”, lembra Cláudio.

Uma das sugestões mais ousadas de Dely foi delimitar o dormitório com painéis de vidro jateado. “Há um reforço estrutural acima do forro de gesso para fixar os trilhos e roldanas que sustentam as pesadas chapas”, conta ela, acrescentando que foram necessárias ainda três vigas metálicas em forma de H na área de banheiro e closet.

Já os revestimentos seguiram a cartilha dos neutros. “No início, senti que Cláudio se assustou com as ideias. Imagina emplacar uma grande superfície estampada na cozinha? Por isso, fui aos poucos. Comprei azulejos brancos e fiz a paginação para adesivos. Assim, ele pode retirá-los e renovar a cara do painel se cansar. Mas, por enquanto, acho que está feliz da vida com o resultado”, acrescenta a arquiteta, que também concebeu grande parte da marcenaria. “Tentei pensar de forma bem prática. Em dias de festa, o móvel comprido que apoia a TV vira um banco. A cama fica encaixada perfeitamente na parede do quarto, sem sobras, assim como a mesa de trabalho. Tudo feito sob medida para um apartamento planejadíssimo”, revela.

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